As comemorações da Semana da Pátria deste ano valorizam a capacidade realizadora dos cidadãos brasileiros. Com o tema “Construir um Brasil que avança está em nossas mãos”, a festa, promovida pela Presidência da República na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), celebrará o Brasil que trabalha para crescer com sustentabilidade, redução das desigualdades sociais e erradicação da pobreza.

Para o dia 7, estão programados o tradicional desfile, que começa às 9 horas da manhã, e a apresentação da esquadrilha da fumaça, marcada para 10h30. Espaços culturais e de exposição serão montados na praça da independência que ficarão disponíveis durante todo o dia.

Na tenda verde haverá apresentações culturais de grupos locais. Na tenda amarela, serão desenvolvidas atividades para as crianças. E na branca, estará exposta a feira da economia solidária onde serão comercializados produtos de agricultura familiar, peças de artesanato, produtos indígenas e uma diversidade de produtos da economia solidária.

O encerramento contará com uma apresentação ao ar livre, na torre de TV, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, com a participação de Arthur Moreira Lima, às 17h30.

Desde 1995 foi escolhido o dia 7 de setembro para as manifestações do Grito dos Excluídos. A idéia era aproveitar o Dia da Pátria para mostrar que não basta uma independência politicamente formal. A verdadeira independência passa pela soberania da nação. Um país soberano costura laços internacionais e implementa políticas públicas de forma autônoma e livre, não sob o constrangimento da dívida externa, por exemplo. Relações economicamente solidárias e justiça social são dois requisitos indispensáveis para uma verdadeira independência.

Nada melhor que o dia 7 de setembro para refletir sobre a soberania nacional. É esse o eixo central das mobilizações em torno do Grito. A proposta é trazer o povo das arquibancadas para a rua. Ao invés de um patriotismo passivo, que se limita a assistir o desfile de armas, soldados e escolares, o Grito propõe um patriotismo ativo, disposto a pôr a nu os problemas do país e debater seriamente seu destino. É um momento oportuno para o exercício da verdadeira cidadania.