A Eleição do dia 31 de Outubro que colocou em frente os dois maiores nomes da disputa presidencial no plano nacional entre, Dilma – PT x José Serra – PSDB, colocou em cheque os últimos 16 anos do Brasil, divididos em duas fases e duas histórias com finais diferentes. Governos distintos que marcaram suas épocas por mudanças estruturais na política administrativa do país, porém, ambos com avanças significativos no campo democrático e econômico.

O governo FHC/Serra, marcou sua passagem com a consolidação da nova moeda o Real, as privatizações em setores estratégicos como telefonia e a abertura no mercado de exportação, porém, a contra ponto, não conseguiu conduzir com êxito as políticas sociais e econômica, que ao final do segundo mandato, levou o país a uma onda de recessão e pessimismo, culminando na derrota do projeto de reeleição do candidato do PSDB para o líder operário Luiz Inácio Lula da Silva – PT em 2002.

O governo LULA/Dilma, assumindo o poder político e administrativo do país em 01 de janeiro de 2003, com a frase histórica “A esperança venceu o medo”, trazendo contigo a bagagem e a responsabilidade de uma história de luta voltada para as massas operárias, e o desafio de construir um novo paradigma político em que o Brasil fosse de verdade “UM PAIS DE TODOS”, onde fosse possível sentar na mesma mesa ricos e pobres, homens e mulheres, e construir uma nova perspectiva de Brasil para todos, onde fosse possível cuidar do econômico e ao mesmo tempo investir no social, que significa investir nas pessoas mais carentes que sempre estiveram as margens do poder e das políticas públicas básicas e fundamentais para o combate a ,miséria e a desigualdade social. Contudo, fora esse o principal viés que conduziu o novo governo, que tinha a sua frente à pessoa do líder operário Luiz Inácio LULA da Silva, de origem simples e humilde, do sertão nordestino, sem curso superior, sem pertencer ao rol das chamadas “famílias tradicionais”, a nem um grupo de “socialaytes”, além de ter pela frente que vencer os preconceitos e superar conceitos de que só os ricos poderia e teriam competência de governar uma nação. Apenas quatro anos, foi o suficiente para o governo de LULA, conseguir estruturar a economia do país, construir políticas sócias no campo e nas cidades capazes de romper com os bolsões de pobreza e de miséria, permitir que cada brasileiro passasse a sentir filho dessa terra, com direito a se alimentar pelo menos 03 vezes por dia, a ter um teto mais digno a conquistar o tão sonhado pedaço de terra, e a ver seus filhos cursarem um ensino superior, sentar nos bancos das faculdades ao lado, dividindo espaço e trocando idéias conjuntamente com os filhos da classe média e alta. O país saiu de uma situação de devedor do FMI e de descrédito total no cenário internacional, para uma situação de credor com uma economia sólida e capaz de resistir aos abalos das bolsas de valores do primeiro mundo, e ainda de um país pacificador capaz de conduzir históricos conflitos internacionais com a mensagem de paz. No segundo mandato, o governo LULA, consolidou a sua passagem com repercussão e dimensões internacionais, mas, a cima de tudo, principalmente, com o reconhecimento de todos os brasileiros, em todas as classes sociais e econômicas, em todos os seguimento da sociedade brasileira, o que levou ao índice de aceitação e aprovação de mais de 83% da população. Sendo coroado, portanto, com a consagração nas urnas de sua candidata DILMA, a nova presidente do Brasil, a primeira mulher a conduzir e sentar o mais alto posto da política e da administração pública do nosso gigante e maravilhoso Brasil.

Venceu o povo brasileiro, venceu a democracia, venceu a liberdade de escolha, do voto livre, consciente e gratuito, que sobrepujou o poder econômico, os caciques e o partidarismo que não tiveram nenhuma influência, venceu LULA filho do Brasil, VENCEU O BRASIL DE TODOS !!!

Por – Geovani Pereira Cruz – Professor/Pedagogo agricultor e cidadão politizado.