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Geovani P.Cruz
Florânia, Rio Grande do Norte, Brazil
Formado em Pedagogia pela UVA, professor da rede municipal de ensino, agricultor e vereador.
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Diálogos docentes: fazemos a diferença, somos professores!

Gilza Medeiros, Pedagoga, Professora e Educadora do Município de Tenente Laurentino/Rn.


Com esta matéria inauguro uma nova perspectiva de escrita em nosso blog: Diálogos docentes.

Esta inciativa decorre da relevância das conversas que temos com os colegas professores. Desta feita trago um diálogo nosso, meu e de Gilza Medeiros, amiga querida e companheira de luta pedagógica, vitoriosa em Nosso Senhor Jesus Cristo!Numa das nossas conversas, Gilza mandou-me um texto importantíssimo produzido por ela, onde a mesma aborda a questão do ser professor e fazer a diferença. Gilza pediu-me para dar minha opinião,em virtude de sermos grandes amigas e compartilharmos posições, ideias, concepções e visões acerca dos mais diversos assuntos educacionais. No intuito de enriquecer as nossas reflexões, respondi a minha amiga e compartilho publicamente esta resposta. Gilza também tem um blog (www.vidanovasetemtododia.blogspot.com ) e quem desejar pode ver o texto a que me refiro. Eis a nossa conversa:

“Minha querida amiga Gilza, Filha de Deus, pensadora, pedagoga, professora e educadora, também Mestre Gilza... Agraciada pelo milagre da vida duas vezes.

Faltam-me adjetivos para me referir a você, pois tão grande é a tua inteligência e sensibilidade, que só se assemelham a tua fortaleza em Nosso Senhor Jesus Cristo!!!

Bem minha querida, quero dizer-lhe que compartilho do seu pensamento acerca da capacidade de nós professores fazermos a diferença. Parabenizo-lhe pela consciência profissional que possuis! Penso que essa consciência, que te faz diferente, nasceu da consciência de classe que também possuis! Por isso, tu fazes a diferença! Fazes a diferença porque conheces as tuas responsabilidades sociais! E Deus te deu a vida duas vezes, por que tens uma missão grandiosa na educação deste município, do estado e do mundo! Da sua sala de aula você pode mudar o mundo sim! Nós mudamos o mundo quando fazemos a nossa parte, por pequena que seja!

Peço licença para acrescentar apenas umas questões reflexivas, no intuito de enriquecer o seu importantíssimo texto. Posso? Vamos lá. Podemos cumprir a nossa responsabilidade educativa e simultaneamente lutar pelos nossos direitos. Estou falando das nossas lutas salariais.No entanto, esta luta deve ser construída paralela a nossa função de educar e nunca como condição para que a nossa responsabilidade educativa aconteça. Se fosse assim, tínhamos que aceitar quando um médico deixa de atender um paciente por que não tem dinheiro, e esse paciente morre! O que acontece com os nossos alunos quando não conseguem aprender? Eles morrem devagarzinho todos os dias. Morrem diante da incapacidade de pensar criticamente, de lutar pelos seus direitos, de inserir-se neste mundo contemporâneo e globalizado!

E com nós professores, o que acontece? Somos acusados de incompetentes, de irresponsáveis! É justo? As duas situações são semelhantes! Conforme essa realidade as escolas viram abatedouros humanos, onde os alunos são sacrificados pelas reprovações, desistências, evasões, que eu prefiro chamar de “expulsões em massa” e nós professores somos rotulados de incapazes! Enfim, somos afetados pelas mazelas educativas que diminuem a nossa capacidade de ser gente! Sabemos que esta realidade atende a interesses escusos de quem não quer que a educação aconteça!

Diante desta conjuntura, reflitamos! Temos o direito de não educar em virtude dos baixos salários? Isto seria um absurdo, num país onde a fome ainda mata! Os baixos salários são decorrentes de uma política salarial de desvalorização do magistério, a qual precisa ser combatida. No entanto, somos nós que podemos mudar esse quadro concorda? Para isso, comecemos a refletir sobre a profissionalização e a profissionalidade docentes! Estas questões nos remetem a uma questão de classe, ou seja, a um aspecto político-social, o qual está intrinsicamente ligado à falta de consciência de classe, que infelizmente ainda não se consolidou no magistério. Mas, esta questão é muito complexa e envolve dentre outros aspectos a não consciência da importância do professor!

Por que esta desvalorização profissional não acontece com os médicos de corpos? Sabe por quê? Por que eles têm conhecimento do valor que possuem para a sociedade. Mas nós somos médicos também! Médicos de almas, de espírito, de personalidade! Quando erramos em nossa prática educativa deixamos o aluno marcado pelo resto da vida! Marcado pelo analfabetismo que mata, pelos traumas e fracassos de não conseguirem crescer profissional e pessoalmente!

Somos mestres! A nossa luta é constante, diária, em busca do conhecimento e da conscientização das pessoas. Essa missão sagrada consiste dentre outros aspectos em retirar da ignorância os seres humanos! Essa tarefa não pode e nem deve ser interrompida sejam quais forem às condições ou as circunstâncias impostas pelo sistema político, social, econômico e cultural.

Somos formadores de opinião! Somos profissionais do mais alto nível intelectual! Mas para isso precisamos estudar e estudar muito! Estudar, estudar e estar preparado para discutir com qualquer pessoa, qualquer tema! Por isso somos polivalentes!

Porém, para recebermos o título de Mestre temos que provar que ultrapassamos a barreira da mediocridade! Isso é uma tarefa difícil, pois requer dentro outros aspectos de conscientização social, que demanda muito estudo, muita reflexão, muita dedicação, muito equilíbrio emocional e acima de tudo convicção de quem somos, o que queremos e para onde vamos como profissionais. Portanto, para sermos conscientes e fazermos essa diferença se faz necessário conhecimento das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais que fundamentam o processo educativo.

No entanto vale a pena minha amiga, pois somos ouvidos pelo mundo e sentamos na mesa dos mais importantes debates! Nesta mesa temos que demonstrar que sabemos que conhecemos. A nós não é dado o direito de errar, pois somos referência do saber, da inteligência. Somos professores/educadores!

Em suma, mostremos para o mundo que fazemos a diferença, sim! Somos professores! Somos os profissionais autorizados a falar, quando o assunto é Educação e Ser Humano! Pensemos juntos esta questões! Até logo e fica com Deus minha amiga de fé!

Redação e postagem: Divoene Pereira -

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