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Geovani P.Cruz
Florânia, Rio Grande do Norte, Brazil
Formado em Pedagogia pela UVA, professor da rede municipal de ensino, agricultor e vereador.
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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

NACIONAL: Para deputados, gasto efetivo do governo no programa de combate ao crack é baixo

 Em audiência na Câmara dos Deputados, parlamentares reclamam que metas prometidas não serão alcançadas e que poucas cidades aderiram ao programa; governo considera que objetivos são ambiciosos e aprova resultados.
Lúcio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados
Audiência pública para analisar e discutir os investimentos realizados, bem como os resultados obtidos, por meio do programa “Crack, É possível Vencer” e também discutir a pesquisa realizada pela FIOCRUZ sobre o perfil do consumidor de Crack no Brasil. Dep. Rosane Ferreira (PV-PR)
Rosane Ferreira: foram criados apenas 635 leitos para usuários de drogas neste ano, e a meta era de 1.050.
Deputados da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados consideraram baixo o gasto efetivo do governo, até o momento, no programa federal de combate ao crack, em audiência pública que discutiu o assunto nesta quinta-feira (21). O secretário nacional de Políticas sobre Drogas, Vitore Maximiano, informou que foi empenhado R$ 1,8 bilhão do total de R$ 4 bilhões previstos para o programa “Crack, É Possível Vencer”, lançado no final de 2011.
A deputada Rosane Ferreira (PV-PR), que solicitou o debate, enfatizou que as metas do programa para este ano não foram cumpridas. Segundo ela, a meta para 2013 era criar 1.050 leitos especializados para usuários de drogas em hospitais, e apenas 635 foram de fato criados, de acordo com dados apresentados pelo secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda. Já a meta de número de consultórios na rua era de 210, e apenas 90 foram criados.
Miranda argumentou que as metas do programa são muito ousadas e representam “o ideal” para o Brasil. “Insistimos em mantê-las para que continuemos mirando no melhor para o País”, afirmou. Ele acrescentou que foram criados ainda 2.046 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); e 43 CAPS 24 horas. Além disso, 90 mil vagas foram criadas para a capacitação de profissionais de saúde no tratamento de dependentes.
Lúcio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados
Audiência pública para analisar e discutir os investimentos realizados, bem como os resultados obtidos, por meio do programa “Crack, É possível Vencer” e também discutir a pesquisa realizada pela FIOCRUZ sobre o perfil do consumidor de Crack no Brasil. Helvécio Miranda
Helvécio Miranda, do Ministério da Saúde, ressaltou que não há contingenciamento de recursos para o programa.
O secretário de Atenção à Saúde também salientou que não há contingenciamento de recursos do governo federal no programa de combate ao crack. Conforme Miranda, o ministério já gastou mais de R$ 900 milhões do R$ 1,3 bilhão previsto para o órgão no âmbito do programa.
Adesão de municípios
O coordenador da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP), também considerou baixo o número de municípios que aderiu efetivamente ao programa. De acordo com o secretário nacional de Políticas sobre Drogas, apenas 119 dos mais de 5 mil municípios brasileiros aderiram ao programa. Segundo Vitore Maximiano, a realização de eleições municipais, no ano passado, foi um dos motivos para a baixa adesão. Ele reconheceu que no ano que vem, por ser eleitoral, os gastos serão novamente dificultados. Porém, salientou que esses 119 municípios concentram quase metade da população brasileira.
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Em entrevista ao Câmara Hoje, a deputada Rosane Ferreira cobra eficiência do programa do governo.
Entre as ações do governo para o combate ao crack, o secretário destacou, além dos CAPS, o programa de financiamento de vagas para usuários em comunidades terapêuticas, sendo 4.070 vagas ofertadas em todos os estados brasileiros. "As comunidades realizam acolhimento, e não internação", observou. Maximiano citou ainda o programa nacional de teleatendimento (Disque 132), que funciona 24 horas por dia e pode dar orientações para familiares, professores e os próprios usuários.
Formação de educadores
Já a representante do Ministério da Educação Marta Klumb ressaltou que 100 mil vagas serão ofertadas, entre dezembro e janeiro, para educadores brasileiros serem treinados para lidar com o crack. Segundo ela, essa já é a sexta edição do curso. “A escola pode ser um dos pontos de maior relevância de proteção social contra o crack”, opinou. “Enquanto está lá, o adolescente está protegido”, complementou.
Conforme Marta Klumb, o programa de combate ao crack se articula com o programa de educação integral do governo. Ela informou que 50 mil vagas de ensino integral (com duração de 6 ou 7 horas) já estão sendo ofertadas no ensino fundamental; e 8 mil, no ensino médio.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Marcos Rossi
 
FONTE: AGÊNCIA CÂMARA NOTÍCIAS
BLOG DO GEOVANI P. CRUZ

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